segunda-feira, 7 de março de 2011

Virus H1N1

OMS informa que o H1N1 é o vírus dominante de gripe em todo o mundo
'Pandemia vai persistir nos próximos meses', afirma a entidade.
Agência de saúde da ONU ressalva que não detectou mutações.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta sexta-feira (28) que o H1N1, o vírus causador da nova gripe, já é o dominante em circulação no mundo. Isso significa que a maioria dos casos de gripe em curso é resultado da ação desse vírus, e não do agente causador da gripe comum, ou sazonal.
“A evidência de múltiplos locais de surto demonstra que o vírus pandêmico H1N1 se estabeleceu rapidamente e agora é a cepa dominante de influenza no maior número de regiões do mundo. A pandemia vai persistir nos próximos meses à medida que o vírus continua circulando entre populações suscetíveis”, afirma boletim divulgado no site oficial da OMS, a agência de saúde pública das Nações Unidas.

O monitoramento dos vírus pela rede de laboratórios credenciados pela agência mostrou que os H1N1 que originaram todos os surtos continuam praticamente idênticos. Não há sinais, portanto, de que o vírus tenha passado por mutações, o que é uma excelente notícia. Se o H1N1 mutasse após a produção de milhões de doses de vacinas, elas se tornariam inúteis da noite para o dia.

Ainda segundo a entidade, o quadro clínico da gripe pandêmica é similar em todos os países. A grande maioria dos pacientes tem sintomas brandos. “Ainda que o vírus possa causar enfermidade grave e fatal, e também em pessoas jovens e saudáveis, o número de tais ocorrências continua pequeno”, avalia a entidade.

OMS diz que 40% dos mortos pela gripe são adultos com boa saúde
'Vírus viaja a velocidade incrível', diz diretora da OMS.
Pandemias de gripe são 'altamente imprevisíveis', completa.


A diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou que 60% das mortes provocadas pelo vírus da nova gripe são em pessoas com problemas de saúde, por isso os 40% restantes correspondem a jovens adultos saudáveis
"Este vírus viaja em uma velocidade incrível, inédita. Em seis semanas, percorreu a mesma distância que outros vírus em seis meses", indicou a máxima responsável da OMS, em entrevista publicada hoje no jornal "Le Monde".

O vírus A (H1N1), a primeira pandemia do século XXI, provocou a morte de pelo menos 2,185 mil pessoas no mundo e pelo menos 209,438 mil pessoas já foram infectadas.

Segundo Margaret, 60% dos casos fatais da nova gripe são de "pessoas que tinham problemas de saúde subjacentes", acrescentando que "isso significa que 40% das mortes dizem respeito a jovens adultos - em boa saúde - que morrem em cinco ou sete dias de uma pneumonia virótica".

"É o fato mais preocupante: curar os pacientes é muito difícil", declarou.

A diretora da OMS considerou também que "até 30% dos habitantes de países com uma forte densidade de população correm o risco de se infectar", e alertou aos Estados que devem "se preparar para o pior e esperar o melhor", já que as pandemias gripais são "altamente imprevisíveis".

Embora a capacidade mundial de produção de vacinas tenha sido duplicada para lutar contra a pandemia, os 900 milhões de doses contra o vírus da nova gripe que serão produzidos "não serão suficientes", acrescentou Chang.

Portanto, a diretora da OMS concedeu grande importância à necessidade de boas políticas de comunicação para que métodos simples para enfrentar a infecção, como lavar corretamente as mãos ou permanecer em casa se estiver doente, ajudem a combater o vírus.


FONTE: GLOBO

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